A Electric Summit, a conferência que discute o futuro da energia, decorreu ontem, 20 de junho, no Auditório Carvalho Guerra, na Universidade Católica no Porto. Uma iniciativa em parceria entre o Jornal de Negócios, a Revista SÁBADO, a CMTV, a Galp e a Siemens trouxe o debate sobre a Transição Energética e Mobilidade para cima da mesa, com a presença de especialistas internacionais.
A diretora do Jornal de Negócios, Diana Ramos ficou encarregue de endereçar a nota de boas-vindas. Seguiu-se a sessão de abertura “Transformar a Península Ibérica numa potência de energia verde” pela secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira. A professora associada e investigadora principal no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, Lívia Franco, tomou de seguida o palco para transmitir a sua visão sobre “As alterações Geopolíticas do mundo pós-carbono”.
O momento seguinte trouxe a mesa-redonda com a presença do diretor da Católica Porto Business School, João Pinto, com o tema “Transformação da Mobilidade no mundo real”, juntamente com o presidente executivo e administrador-delegado da Siemens Portugal, Fernando Silva, e, como membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Galp, João Diogo Silva. O momento contou com a jornalista colaboradora do Negócios, Susana Marvão, como moderadora.
“A minha perceção é que a timidez e as dúvidas iniciais têm desaparecido, com uma aposta clara na mobilidade elétrica dos principais construtores automóveis. Não é expectável nesta fase em que existem vários investimentos significativos em novas fábricas, no desenvolvimento de baterias com melhor eficiência, e no crescimento da rede de carregadores, em parte financiada por fundos europeus, que exista um retrocesso na adoção e massificação da mobilidade elétrica, pelo menos na Europa”, referiu João Pinto durante a sua intervenção.
Os debates seguintes trouxeram os temas “Que caminho para a mobilidade sustentável”, “Smart cities – Como otimizar os processos” e “Barreiras à implementação de mobilidade sustentável”.
A sessão de encerramento ficou a cargo de João Pinto, que salientou as medidas que saíram da última conferência das Nações Unidas sobre o clima, a COP28. “Não foi um final perfeito, mas ainda assim considero-o positivo. Em vez de se limitar a pedir aos países que aceitem novos objetivos, mais genéricos, optou-se por centrar a atenção em propostas claras e específicas de atuação: triplicar a capacidade de produção de energia renovável a nível mundial até 2030, duplicar a taxa média anual global de melhoria da eficiência energética até 2030, acelerar o desmantelamento progressivo de todas as centrais elétricas alimentadas a carvão e o abandono dos combustíveis fósseis.”
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