Acredita-se que, até 2030, metade das pessoas trabalharão a partir de casa e, por isso, as interações entre os membros da organização mudarão em frequência, tempo e método, o que terá implicações profundas na gestão da ética e da compliance.
A premissa inicial foi o ponto de partida para a realização da conferência anual do Fórum de Ética da Católica Porto Business School, que decorreu a 22 de novembro, e teve como tema “Ética e Trabalho Híbrido: Reflexos e Reflexões”.
Uma sessão que permitiu refletir sobre o inquérito “Ética e Trabalho Híbrido: no Rescaldo da Pandemia”, previamente realizado, que contou com mais de 1200 respostas, e sobre o Livro Coletivo “Proximidades e Distâncias: Desafios Éticos do Trabalho Híbrido”.
A abertura da conferência foi feita por Rui Sousa, Dean da Católica Porto Business School, seguindo-se a palestra “Ethical Hybrid Workplace: Challenges and Opportunities” de Muel Kaptein. Houve, ainda, espaço para uma mesa-redonda “Ética e Trabalho Híbrido: Perspetivas em Diálogo”, moderada por Sofia Salgado Pinto, docente da CPBS, que contou com a presença de: Gonçalo Quadros, Fundador e Chairman da Critical Software; José Teixeira, Presidente do Conselho de Administração do dstgroup; Maria Manuel Araújo Jorge, Investigadora no Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto; e Sofia Reis Jorge, Administradora da ALTRI. O encerramento da conferência ficou à responsabilidade de Isabel Braga da Cruz, Presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.
Helena Gonçalves, docente da Católica Porto Business School e coordenadora do Fórum de Ética revelou que este era um “tema incontornável, sobre o qual foi preciso investigar, promover o conhecimento e a reflexão”. Assim, num universo de 1226 respondentes, conclui-se que o trabalho híbrido é responsável por uma melhoria significativa nas dimensões da saúde e bem-estar. De facto, cerca de 70% das pessoas que se encontram neste modelo de trabalho “percecionam melhorias a nível financeiro, mental e físico em comparação com apenas cerca de 20% dos que estão em modo presencial”, sublinha a coordenadora do estudo.
Urge realçar que o Fórum de Ética é um espaço de encontro e reflexão sobre ética organizacional que tem como objetivo promover a ética empresarial através da troca de experiências, da reflexão conjunta e da criação e partilha de conhecimento.