"Se acreditamos que o mundo é justo, mas observamos graves injustiças, precisamos de remover essa dissonância da nossa mente. Uma via possível seria alterar a crença. Mas, como antes referi, ela tende a persistir perante os factos. E, como não estamos motivados para abandonar o conforto da nossa crença, procuramos atuar sobre a realidade – ou então distorcemo-la.
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Um desses efeitos consiste em desvalorizar a injustiça. Eis um exemplo: a investigação sugere que as pessoas que acreditam num mundo justo subestimam as injustiças praticadas na sua organização. Assim mantêm a crença – mas nada fazem para remover a injustiça. Mais perverso é denegrir o caráter da vítima inocente da injustiça e atribuir-lhe a culpa pela mesma."
Leia aqui o mais recente artigo de opinião de Arménio Rego, Professor Catedrático e Diretor do Lead.Lab na Católica Porto Business School, publicado na Líder Magazine.